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Cientistas brasileiros partem rumo à Antártida
São Paulo, 4 de novembro de 2004
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Um capítulo inédito da história das pesquisas brasileira na Antártica começa a ser contado nesta quarta-feira (3). Uma expedição formada por 34 pessoas deixará a base de Punta Arenas, no sul do Chile, com destino ao Pólo Sul. No grupo estão 32 chilenos e dois brasileiros: Jefferson Simões e Francisco Aquino, ambos da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

“Essa será a contribuição brasileira ao Itase, o Programa de Travessias Internacionais do Manto de Gelo Antártico”, disse Simões à Agência Fapesp. Além da importância científica da viagem, o pesquisador brasileiro poderá conquistar um feito pessoal importante: ser o primeiro a chegar ao Pólo Sul geográfico por terra. Os outros poucos que fizeram isso até hoje o fizeram de avião.

“Sabemos que vários processos no oceano que circunda a Antártica e o próprio manto de gelo (que atinge 4,8 mil metros de espessura) controlam fortemente a circulação atmosférica no Atlântico Sul. Sabemos ainda que as massas frias que às vezes chegam até o sul da Amazônia também são formadas naquele oceano”, disse.

O que os cientistas não sabem – e pretendem ajudar a esclarecer com a expedição – são os fatores que controlam a formação e a freqüência com que o ar frio avança sobre a América do Sul. “Temos muito que estudar ainda para melhorar os modelos do clima brasileiro”, afirma Simões.

Segundo o pesquisador da UFRGS, o principal objetivo não científico dessa expedição não é atingir o Pólo Sul geográfico apenas para fazer história. “Queremos mostrar ao público brasileiro que a Antártica é muito mais do que a costa da Península Antártica, área de atuação do Programa Antártico Brasileiro e o mar, local para onde vão alguns navegadores”.

O ainda pouco conhecido continente de 14 milhões de quilômetros quadrados, que afeta todos os dias o ambiente do Brasil e de outros países, precisa estar mais presente nas pesquisas que se fazem por aqui, acredita Simões.

A expedição deverá levar dois meses e meio. A programação prevê uma viagem rápida até o Pólo Sul geográfico, região que além da altitude (2.835 metros) registra, no verão, temperaturas por volta dos 40ºC negativos. Depois de alcançar o local no fim de novembro, o grupo fará um retorno lento até a base chilena, uma vez que é no trajeto de volta que as coletas científicas serão realizadas. O Chile investiu US$ 2 milhões na missão e o Brasil US$ 55 mil.







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